Ainda sou a criança de olhos atentos, passo manso e fala assustada. Posso ser vista escondida atrás das portas, solitária, indefesa - olhos arregalados, respiração forte, coração aos pulos.
Sou aquela quieta no canto das festas a espera do momento em que o vacilo dos demais possibilite uma estranha alegria reinar no salão. A de choro fácil, pensamentos adultos e olhar perdido no parque. Aquela que teme os mais fortes e sem motivo aparente se chega aos familiares para que não saibam da sua fragilidade.
Sou a criança que barganha ser aceita exigindo-se afinco em destrezas desconfortáveis para satisfazer os demais. Sou infante, pequena, assustada, chorosa, sem conto de fadas, sem heróis... Órfão de infância, de tranqüilidade, de liberdade.
Sou aquela quieta no canto das festas a espera do momento em que o vacilo dos demais possibilite uma estranha alegria reinar no salão. A de choro fácil, pensamentos adultos e olhar perdido no parque. Aquela que teme os mais fortes e sem motivo aparente se chega aos familiares para que não saibam da sua fragilidade.
Sou a criança que barganha ser aceita exigindo-se afinco em destrezas desconfortáveis para satisfazer os demais. Sou infante, pequena, assustada, chorosa, sem conto de fadas, sem heróis... Órfão de infância, de tranqüilidade, de liberdade.
Nasci velha num velho mundo novo. Permaneço entre brinquedos, papéis coloridos, aquarelas, gritando ser criança para quem sabe alguém um dia consiga me ensinar a brincar de ser feliz.
6 comentários:
Me emocionei, e me identifiquei muito com o seu texto!
PERFEITO!
belissimo texto,
gostei muito bem,
escrito.
prbns e sucesso.
Muito legal!!
Principalmente a parte de alguém te ensinar a ser feliz..
Abraços!!
Conheça meu conto no blog
www.ascronicasnoturnas.blogspot.com
Espero sua visita!!
todos cirandando a eterna dança da alma!
Lembrei de Clarice Lispector,quando nos diz q por mais infeliz uma infância,sempre há de deixar na saudade o gosto bom da inocência!Eu continuo cirandando nessa vidinha quadrada q nos metem guela baixo.
Menino,adoro essa coisa q mora aí dentro de ti,riqueza de gente !
é há certa infância que se recusa ir embora
ainda bem...se do bem for
Postar um comentário