Eu versejo por todos os tempos e templos, por todas as épocas, tal qual um vampiro reinventando sua imortalidade... quero beber-te vermelho e tornar-te imortal... Boa Morte!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

EPARREI


Do dia de sua chegada lembro do vento, do tempo fechado e daquele pressentimento que se tem na iminência dos grandes acontecimentos. Foi assim que a recebi - como um presságio. No então de mim arvore revolvida, céu carregado, noite no dia, ventania, encontrei-a esperando-me pacientemente, como se soubesse daquele encontro. Não me abraçou, sequer dirigiu-me a palavra. Apenas, deferente, levantou-se num cumprimento sutil e sussurrou-me seu segredo. Nunca mais foi vista. Dela - nada se sabe ou se conversa. Com ela - poucos se aventuram. Para ela – a coragem de vencer e o fronte de batalha. Reluzente sua espada, ofuscante sua dança, implacável sua ira. No caminho de quem pisa forte a marcha da Senhora, a certeza mansa do feitio que lhe protege. EPARREI OYÁ.

Salve 4 de dezembro!!!