Eu versejo por todos os tempos e templos, por todas as épocas, tal qual um vampiro reinventando sua imortalidade... quero beber-te vermelho e tornar-te imortal... Boa Morte!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

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Ouço as bombas estourando e as paredes parecem tremer frente aos impactos intermitentes dos metais.
Trovões, ares e cheiros de longe trazidos pelo turbilhão que engole os sons ordinários das passagens.
Como que extraído ou abduzido à lembranças e estados avessos, ou épocas e sentimentos que não me pertencem, sou levado a observar.
Em meio ao corre-corre as luzes se ascendem e pela janela ainda consigo divisar o último instante do gigante...
Passa o trem e logo atrás dele, e com ele, algo de mim que não vivi.
As crianças correm como que embaladas no percalço duma velha novidade: o aturdir de todas as horas.

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